A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original. Albert Einstein

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Hoje resolvi passar verniz num armário. Mas queria um verniz especifico, com pigmento na cor do Ipê. Tive que abrir varias latas até encontra-lo e logo pensei em como uma simples etiqueta me pouparia deste trabalho. As etiquetas facilitam na hora de identificar as coisas. O problema é que as etiquetas são tão uteis que alguns desavisados acreditam que podem etiquetar pessoas. Eu resolvi colocar etiquetas nas latas. Uma especifica me tirou a paciência. Não sabia ao certo o que era. Talvez Algum tipo de verniz, mas vermelho. Enfim, escrevi verniz e passei para a próxima lata. O problema na hora de etiquetar é que podemos definir apenas o que conhecemos e nosso conhecimento é fruto das experiencias que tivemos. Como eu não conhecia aquele tipo de "verniz" (Já resolvi que aquilo é verniz, mesmo sem saber de fato rsrsrsrsrs) escrevi na etiqueta a prova da minha falta de conhecimento e experiência. Fico pensando nas provas que levantaria contra mim mesmo se resolvesse etiquetar pessoas. Na verdade, de todas as etiquetas disponíveis, eu colocaria apenas uma em todos: Frágil. -DK-

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Esta tal humanidade.

Este tal humano e sua humanidade sempre me surpreendem. Começo a acreditar que aquilo que julgamos desumano é na verdade a expressão desnuda da própria humanidade. o que nos salva é a poesia.
Lendo "Colônia", conheci esta humanidade. Conheci o significado das frases de Castro Alves: “Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!/ Se é loucura ... se é verdade/ Tanto horror perante os céus...”
Que as mais de 60 mil vítimas do hospital colônia de Barbacena sejam lembradas para que outras milhares de outros hospitais não sejam esquecidas.
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"Pobre trapos humanos
Amontoados de carnes fétidas
sobre o feno sepulcral.
Ali jaz a humanidade..."


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Alegrias



Cada dia mais me convenço que a alegria do viver está no não saber.

Quando criança, arvores eram naves espaciais, latinhas de Neston e Nescal se transformavam em lindos carros e carretas, rodas de bicicleta em motocicletas. Ser criança é enxergar o mundo de uma forma poética. Mas crianças e poetas não servem para o mercado de consumo. Não são ferramentas capazes de produzir lucro. Então fazemos de tudo para transformar uma criança que sonha em um adulto que trabalha. Ensinam-nos que latas são apenas latas; que arvores são apenas arvores. Dizem-nos que o conhecimento é mais importante que a imaginação e que até mesmo a imaginação precisa do conhecimento. Aos pouco vamos perdendo a capacidade de ver a beleza do mundo. Paramos de enxergar o pôr-do-sol, de ouvir o canto dos pássaros, de subir em arvores, olhar as formigas carregando folhas... Finalmente nos transformamos em adultos. Uma ferramenta. -DK-

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência! -Cassimiro de Abreu-