Os cidadãos urbanos substituem o automóvel por transportes públicos
2011-03-25
Grandes cidades como Nova Iorque, Londres e Xangai emitem menos poluição ‘per capita’ na atmosfera do que Denver (EUA) e Roterdão (Holanda), por exemplo, segundo informa um estudo publicado, esta semana, na revista especializada «Environment and Urbanization».
A equipa responsável pela investigação analisou dados correspondentes a uma centena de cidades, em 33 países, com o intuito de encontrar pistas sobre quais as metrópoles mais poluidoras e as razões que as colocam no topo da lista.
Se por um lado, as maiores cidades mundiais foram apontadas como culpadas por 71 por cento das emissões causadoras do efeito estufa; por outro, grande parte dos cidadãos urbanos substituiu o automóvel pelos transportes públicos, ajudando a diminuir a poluição.
Por exemplo, em Denver, no oeste dos Estados Unidos, as emissões ‘per capita’ somam aproximadamente o dobro de Nova Iorque, onde vivem oito milhões de pessoas e na qual há uma grande rede de metro, amplamente utilizada. As emissões per capita de Denver (21,5 toneladas de carbono equivalente) foram até mesmo superiores às de Xangai (11,2 toneladas), Paris (5,2) e Atenas (10,4).
As cidades chinesas são consideradas separadamente, por terem emissões médias bem superiores ao país como um todo. Pequim, por exemplo, emite 10,1 toneladas de carbono equivalente, enquanto a China emite 3,4 toneladas. "Isso reflecte a grande dependência de combustíveis fósseis para a produção de electricidade, uma base industrial significante em muitas cidades e uma população rural relativamente grande e pobre", escrevem no estudo.
Com base nas emissões de gases causadores do efeito estufa pelo PIB, os investigadores descobriram que "os cidadãos de Tóquio são 5,6 vezes mais eficientes que os canadianos". A cidade de Roterdão teve uma nota negativa devido à sua actividade portuária e por ter uma indústria forte.
Este índice é similar em cidades com aeroportos muito movimentados e enfatiza a necessidade de ver as emissões das cidades de forma cautelosa. O estudo também aponta outras tendências, como as cidades de climas frios terem emissões maiores, e países pobres e de renda média terem emissões ‘per capita’ inferiores aos países desenvolvidos.
Quando os investigadores observaram as cidades asiáticas, latino-americanas e africanas, descobriram emissões menores por pessoa. "O desafio é conseguir manter essas emissões baixas, apesar do crescimento das suas economias".
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