Terramoto do Japão pode ter afectado eixo da Terra
Estudo preliminar de instituto italiano indica alteração de dez centímetros
2011-03-14
O terramoto de 8,9 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o Japão na passada sexta-feira pode ter afectado o eixo de rotação da Terra, que se deslocou entre dez e quinze centímetros, segundo um estudo preliminar do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), em Itália. Trata-se de uma mudança que pode interferir ligeiramente na duração dos dias, pois a rotação da Terra acelerou 1,6 microssegundos.
O INGV, que estuda os diversos fenómenos sísmicos registados na Itália desde 1999, referiu que o impacto deste terramoto sobre o eixo da Terra pode ser o segundo maior que se conhece. "Foi muito maior que o do grande terremoto de Sumatra de 2004 e provavelmente é o segundo maior, atrás apenas do terremoto do Chile de 1960", disseram os especialistas do instituto italiano.
De acordo com Margaret Glasscoe, do Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL), da NASA , as alterações no eixo da Terra ocorrem pois os terramotos alteram a distribuição da massa no planeta e, consequentemente, a velocidade da sua rotação.
Quanto mais próximo aos pólos, maior o impacto dos tremores no eixo de rotação da Terra. Por isso, o terremoto de Sumatra, em 2004, próximo ao Equador, causou uma mudança menor que o tremor chileno, embora tivesse sido de maior intensidade.
O terramoto que ocorreu, em Fevereiro de 2010, no Chile também surtiu o mesmo efeito, ao alterar o eixo em oito centímetros e diminuir a duração do dia em 1,26 microssegundos, segundo os cálculos da NASA.
Embora um microssegundo, que equivale a uma milionésima parte do segundo, não tenha qualquer relevância para o quotidiano das pessoas, pode ter um impacto significativo para operações de grande precisão. Richard Gross, também do JPL, exemplicou este impacto, dizendo que um erro de microssegundos nos computadores terrestres pode alterar quilómetros nas instruções enviadas aos robôs da NASA, em Marte.
Quanto mais próximo aos pólos, maior o impacto dos tremores no eixo de rotação da Terra. Por isso, o terremoto de Sumatra, em 2004, próximo ao Equador, causou uma mudança menor que o tremor chileno, embora tivesse sido de maior intensidade.
O terramoto que ocorreu, em Fevereiro de 2010, no Chile também surtiu o mesmo efeito, ao alterar o eixo em oito centímetros e diminuir a duração do dia em 1,26 microssegundos, segundo os cálculos da NASA.
Embora um microssegundo, que equivale a uma milionésima parte do segundo, não tenha qualquer relevância para o quotidiano das pessoas, pode ter um impacto significativo para operações de grande precisão. Richard Gross, também do JPL, exemplicou este impacto, dizendo que um erro de microssegundos nos computadores terrestres pode alterar quilómetros nas instruções enviadas aos robôs da NASA, em Marte.
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